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Uma Iniciativa de Adriano Novo

CPI conclui que Zé Carlos deve ter mandato caçado


Os integrantes da CPI da Propina, que investiga as denúncias de cobrança de vantagens indevidas, por parte do vereador e ex-presidente da Câmara de Campinas, Zé Carlos (PSB), para a renovação de contratos de empresas prestadoras de serviço para aquela casa de leis, reuniram-se uma vez mais, na tarde da sexta-feira, uma vez mais para fazer a oitiva de Zé Carlos, e uma vez mais foram informados de que o ex-presidente não compareceria à sessão. Novidade zero, então? Sim, exceto por um detalhe —mas é nos detalhes que o diabo mora: o motivo apresentado desta vez para o não comparecimento à oitiva.


Prova tácita

Sim, porque se das outras vezes Zé Carlos não compareceu sem apresentar qualquer motivo, desta vez, por ter buscado razão legal para não comparecer e tê-la obtido por intermédio de um habeas corpus, o próprio instrumento jurídico, de certo modo, quebra a mudez e põe palavras na boca do ex-chefe do legislativo campineiro ao explicitar a proteção de um seu direito de não ir à sessão da CPI, qual seja: não produzir provas contra si mesmo. Como só quem corre o risco de produzir provas contra si mesmo em um depoimento é quem é efetivamente capaz de fazê-lo, a conclusão da maioria dos integrantes da CPI não poderia ser outra: o ex-presidente da Câmara ganhou a batalha, mas, definitivamente, perdeu a guerra e seu pedido de cassação no relatório final passou a ser visto como certo.



FRASE

“A sociedade queria ter algumas respostas “

Major Jaime (PP), vereador de Campinas e relator da CPI da Propina, sobre o não comparecimento do vereador Zé Carlos (PSB) à sessão em que seria ouvido


Áudios

Como não conseguiram ouvir nem o vereador Zé Carlos nem o ex-subsecretário de Relações Institucionais da Câmara, Rafael Creato, denunciado como o braço direito do ex-presidente da Câmara no suposto esquema de recebimento de propina, os integrantes da CPI deliberaram na sexta-feira um pedido para a Câmara transcrever os áudios gravados por Celso Palma, denunciante do esquema, nas conversas com Zé Carlos e Creato. A data da nova reunião não foi marcada.



Respostas

O sentimento de mal-estar causado pela opção, agora definitiva, de Zé Carlos pelo silêncio na CPI foi expresso nas palavras do relator Major Jaime (PP), encarregado da elaboração do relatório final, ao repórter Ronnie Romanini, do Correio: “Tivemos aí alguns remédios jurídicos que usaram, que, do ponto de vista legal, não tem o que questionar, mas a sociedade queria ter algumas respostas. Assim como nós queríamos também. Entretanto, isso não impede que a gente possa ter uma conclusão no relatório, mesmo porque o Creato foi ao Ministério Público e apresentou lá a versão dele sobre os fatos.”


Rodízio

Enquanto centenas de denunciados por atos golpistas deixam a prisão nesta semana, outros investigados ligados aos ataques de 8 de janeiro que já haviam sido colocados em liberdade provisória podem voltar ao cárcere. Juízos de todo o país informaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) dados de radicais que descumpriram medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes. O magistrado, inclusive, já notificou alguns dos investigados a prestarem esclarecimentos sobre as violações, sob pena de decretação imediata da prisão.



751 permanecem

As informações constam do processo em que foi decretada a prisão preventiva de mais de mil extremistas que participaram dos atos que deixaram um rastro de destruição na Praça dos Três Poderes. Segundo balanço do Supremo, 751 pessoas seguem presas pela ofensiva antidemocrática e 655 foram liberadas para responder em liberdade com cautelares.Documentos das Justiças de São Paulo, Mato Grosso, Distrito Federal e Santa Catarina apontam que alguns dos investigados não se apresentaram para colocar a tornozeleira eletrônica e também violaram a área delimitada de monitoramento. (Com Estadão Conteúdo)

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Adriano Novo, Vila Padre Anchieta, Campinas

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