Morte na Faixa: Mais um Idoso Vítima da Violência no Trânsito em Campinas
- Adriano Novo
- há 43 minutos
- 2 min de leitura

A tragédia ocorrida na noite do último sábado (10) no Residencial Mauro Marcondes, em Campinas, é mais do que uma estatística: é o retrato cruel de uma cidade que há tempos perdeu o controle sobre a violência no trânsito. Um homem de 69 anos, atravessando corretamente pela faixa de pedestres em frente ao Terminal Vida Nova, foi atropelado por um carro em alta velocidade. O motorista fugiu sem prestar socorro e, até agora, segue impune.
É revoltante que, em pleno 2025, ainda sejam comuns casos em que a vida humana é descartável diante da irresponsabilidade ao volante. Testemunhas viram o momento em que o idoso foi atingido, e mesmo assim o autor do crime teve tempo de fugir, como se nada tivesse acontecido. A morte foi confirmada ainda no local, após tentativa de socorro pelo SAMU.
O cenário não é novo: motoristas em alta velocidade, impunidade, ausência de fiscalização efetiva, e a sensação de que qualquer um pode matar e fugir sem consequências. A região do Terminal Vida Nova, movimentada e mal iluminada, já acumula ocorrências parecidas. Quantos mais precisarão morrer até que a Prefeitura de Campinas assuma sua responsabilidade com sinalização, lombadas, fiscalização por radar e ações educativas?
O silêncio das autoridades é ensurdecedor. A falta de câmeras de monitoramento da própria prefeitura, obrigando familiares a depender de gravações privadas do comércio local, é mais uma amostra do abandono do poder público com a segurança viária.
Não podemos normalizar que um idoso — ou qualquer cidadão — perca a vida por tentar atravessar a rua no local certo. É preciso agir com rigor para identificar e punir o criminoso, mas também é hora de rever, com urgência, as políticas de mobilidade e segurança urbana. A cidade não pode continuar refém da negligência e da omissão.
Até quando Campinas continuará chorando mortos que poderiam estar vivos?
Opmerkingen