MP instaura inquérito civil contra vereador Zé Carlos por indícios de prática de 'rachadinha'
- Adriano Novo
- 12 de jan.
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O promotor Ângelo Carvalhaes decidiu manter a investigação de prática de rachadinha – quando o político fica com parte do salário dos seus assessores – contra o presidente da Câmara de Campinas, Zé Carlos (PSB). A decisão foi tomada após os assessores do parlamentar se recusarem a entregar, de forma espontânea, os extratos bancários de suas contas à Promotoria.
Agora, com a instauração de um inquérito civil, o promotor tem outras ferramentas para continuar a investigação como, por exemplo, a quebra dos sigilos bancários dos comissionados que trabalham para Zé Carlos.
A promotoria recebeu uma série de denúncias contra 11 políticos de Campinas por prática de rachadinha. Desses, cinco deles – Gustavo Petta (PCdoB), Marcelo Silva (PSD), Nelson Hossri (PSD), Filipe Marchesi e Débora Palermo – tiveram as investigações arquivadas por falta de provas.
Além de Zé Carlos, continuam na mira do MP os vereadores Edison Ribeiro (PSL), Permínio Monteiro (PSB), Jorge Schneider (PL), Otto Alejandro (PL) e Cidão Santos, ex-vereador Cidão Santos (PSC), presidente da Mata Santa Genebra.
Outro lado
O vereador Zé Carlos e explicou que ficou surpreso com a instauração de inquérito civil. Ele disse que ele próprio entregou os seus extratos bancários de sua conta pessoal.
Eu nem sabia que meus assessores não tinham entregue os extratos bancários. Não houve qualquer orientação da minha parte. Isso partiu do advogado de defesa deles. Eu fiquei surpreso porque o próprio promotor tinha dito que a denúncia era fakenews”
Zé Carlos, presidente da Câmara
Ele disse que os assessores negaram a prática de rachadinha. Zé Carlos informou que vai entregar a sua defesa no processo e espera provar sua inocência. “Estou tranquilo”.
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