Novo, consegue reunir assinaturas e abre CPI contra o Vereador Zé Carlos
- Adriano Novo
- 12 de jan.
- 2 min de leitura
Débora Palermo (PSC), primeira mulher a exercer a presidência da Câmara, apoia investigação

A abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as denúncias de corrupção envolvendo o presidente afastado da Câmara de Campinas, Zé Carlos (PSB), será oficializada na próxima semana. O vereador Paulo Gaspar (Novo), autor do pedido, diz que já tem o número suficiente de assinaturas para a constituição da CPI.
A sessão ordinária desta quarta-feira (28) foi comandada pela vereadora Débora Palermo (PSC), a primeira mulher a assumir a presidência da Câmara na história.
Até antes da sessão desta quarta-feira, o pedido para a abertura de uma CPI tinha dez assinaturas, uma a menos do que o necessário. Mas, durante os debates, Luiz Cirilo (PSDB) também prometeu aderir ao requerimento. Débora manifestou seu apoio. “Se faltar uma assinatura, assino. Que se faça uma devassa na Câmara, pois devemos uma satisfação à população”, argumentou a presidente, antes de tomar ciência da posição de Cirilo.
Segundo Paulo Gaspar, só uma CPI tem os instrumentos adequados que permitem uma investigação profunda das denúncias. O objetivo é que as apurações transcendam o trabalho do Ministério Público, que já investiga cobrança de propina por parte de Zé Carlos para a manutenção de prestação de serviços. A intenção é fazer também o levantamento de contratos anteriores.
O vereador Jorge Schneider (PL) discordou da abertura da CPI. Ele protocolou na terça-feira (27) a constituição de uma Comissão Especial de Estudos para examinar os processos licitados pela Câmara em 2021 e os contratos assinados anteriormente e que seguem vigentes. Para ele, a CEE já é suficiente para uma averiguação mais completa, sem “paixões envolvidas, mas de forma serena, em busca da verdade”.
Por outro lado, Gaspar acredita que a proposta de Schneider não tem poder de investigação, “apenas de estudo”.
Novo comando
Primeira mulher a exercer a presidência da Câmara de Campinas na história, Débora Palermo valorizou sua condição, mas também lamentou o fato de estar assumindo o comando da Casa em um momento de crise. “Estou chegando em um momento difícil. Não fui eleita. O mandato é de um mês. Mas agirei para tentar resgatar a credibilidade desta Casa.”
Débora substitui temporariamente o presidente Zé Carlos que, pressionado, anunciou seu afastamento na segunda-feira para poder se defender das denúncias de corrupção.
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