Prefeitura avalia terceirizar os parques públicos de Campinas

A Prefeitura de Campinas recebeu uma proposta para estabelecer parcerias com a iniciativa privada para mudar a gestão dos serviços de segurança e de manutenção dos parques municipais.

Se o executivo municipal aceitar a proposta, as empresas vão poder gerar receita por meio de cobrança de taxas nos espaços de lazer, como tarifas de estacionamento.

Para o estudante Lucas Amorim, se houver cobranças de taxas, os parques vão perder visitantes.

“Eu fui no Taquaral cerca de três vezes. Eu achei bem bacana. Seria bom [privatizar], mas essa parte de cobrar, acho que não é uma boa ideia.”

Na opinião do aposentado Marco Correia, não é o modelo de gestão dos parques públicos que precisa mudar.

“Vou ser sincero. Não funcionaria. Hoje nós vemos essas meninas limpando, mas daqui a pouco vamos ver tudo sujo. Isso depende de nós.”

Autor da proposta, o vereador Paulo Gaspar (NOVO) argumenta que a terceirização dos serviços vai diminuir os gastos da Prefeitura e agilizar processos, visto que a iniciativa privada não precisa fazer licitações para trocar os equipamentos de ginástica dos parques, por exemplo.

Por outro lado, ele afirma que a terceirização não é um bom modelo para todas as áreas de lazer do município.

“A iniciativa privada, através de cobrança de estacionamento ou de equipamentos que ela possa colocar nesses parques, como lanchonetes, restaurantes, etc, e consegue capitalizar. Então, existem parques mais interessantes e outros menos interessantes. Esse é um estudo que tem que ser feito caso a caso. Tudo depende de a conta fechar.”

Atualmente, Campinas tem 25 praças e parques públicos, entre eles o Bosque dos Jequitibás, a Pedreira do Chapadão e o Parque Portugal (mais conhecido como Parque Taquaral).

A CBN questionou a Secretaria de Serviços Públicos sobre os custos anuais com a manutenção dos espaços de lazer. A pasta não informou o valor e afirmou, em nota, que vai analisar a proposta de privatização dos espaços.