Zé Carlos volta à Câmara e diz que acusações “não procedem”
- Adriano Novo
- 12 de jan.
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Na noite desta segunda-feira (23) ocorreu a segunda sessão da Câmara de Campinas desde a “Operação Lambuja”, deflagrada na quarta-feira (17). E a sessão contou com a presença e o comando do presidente de casa, o vereador Zé Carlos (PSB), acusado de pedir propina em contratos terceirizados da Câmara, e principal alvo da operação.
No retorno, Zé Carlos falou brevemente sobre as acusações. Ele afirmou que provará a inocência, mas que não pode ainda se defender de maneira adequada por recomendação do advogado, e por não ter conhecimento de detalhes da investigação. “Estou certo que ficará comprovado que as acusações não procedem, porém, por orientação do meu advogado, não me pronunciarei pois não tivemos acesso aos autos do processo”.
Ele ainda agradeceu à Polícia Militar e o Ministério Público pela forma que ele e a família foram tratados durante a operação, que cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Zé Carlos. “Quero registrar um agradecimento especial à Polícia e ao Ministério Público pela forma respeitosa e sensível que trataram a mim e a minha família na última quarta-feira”.
Mariana Conti (PSOL) foi à tribuna e também falou sobre o caso. Ela criticou mais uma vez as terceirizações, dizendo que, além de precarizar relações trabalhistas, são propícias para esquemas de corrupção, e confirmou que ela e Paulo Búfalo (PSOL) assinam a abertura de uma CPI. Ela ainda pediu o afastamento de Zé Carlos. “Nós da bancada do PSOL vamos assinar essa CPI que tá proposta, e na nossa concepção é fundamental que o Presidente se afaste da presidência para que o processo possa acontecer sem qualquer tipo de interferência”.
Já a bancada do PT, com Guida Calixto, Paolla Miguel e Cecílio Santos, não assinará a CPI, ao menos por enquanto. O fato pode até causar certa estranheza, mas vale destacar que o PSB, partido de Zé Carlos, compõe a chapa de Lula, do PT, nas eleições para presidente, inclusive indicando o candidato a vice, Geraldo Alckmin.
A Operação Lambuja apreendeu documentos e fez buscas na sede do legislativo, no bairro Ponte Preta, e também na sede provisória do Teatro Bento Quirino, na casa de Zé Carlos, na Vila Padre Anchieta, e na casa e no escritório do advogado e subsecretário de Relações Institucionais da Câmara, Rafael Creato.
Creato, inclusive, saiu de férias, segundo o legislativo.
*Atualizado às 11h20
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