Morador de Campinas protocola denúncia no MP contra abandono do Centro Esportivo de Alto Rendimento

Processo nº 2492.0000391/2025 foi aberto para apurar responsabilidade por abandono de estrutura que deveria formar atletas de elite

Campinas, SP – O morador e ativista social Adriano Novo protocolou, nesta terça-feira, uma denúncia junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), sob o processo nº 2492.0000391/2025, contra o abandono do Centro Esportivo de Alto Rendimento de Campinas, localizado no km 89,5 da Rodovia Anhanguera (SP-330).

A estrutura, que ocupa uma área de 162 mil metros quadrados, foi inaugurada há cerca de oito anos com a proposta de ser uma das cinco referências nacionais em formação de atletas de elite, mas hoje se encontra em estado de total abandono.

Na denúncia, Novo relata piscinas com azulejos quebrados, fundo tomado por limo, quadras esportivas cobertas por mato, grades enferrujadas, alojamentos danificados e áreas inacabadas. Um dos casos mais graves envolve o nadador paralímpico Alysson Souza, que sofreu um ferimento durante treinamento na piscina do complexo. “O fundo está com limo, os azulejos estão quebrados, é muito perigoso”, declarou o atleta em reportagem da EPTV.

“Não é apenas descaso. É crime contra o esporte, contra o dinheiro público e contra os sonhos de centenas de atletas”, afirma Adriano Novo, que pede apuração de responsabilidade dos gestores públicos e a imediata recuperação da estrutura.

A denúncia inclui também links de matérias jornalísticas que comprovaram a situação nos últimos anos:

• EPTV: Estrutura abandonada em 2024

• G1: Piscinas e quadras em ruínas (2023)

• G1: Frustração entre atletas (2019)

O Ministério Público já abriu procedimento para apuração, e a Promotoria do Patrimônio Público deverá investigar possível ato de improbidade administrativa e prejuízo ao erário, como prevê a Lei nº 8.429/1992.

Segundo o denunciante, a omissão no cuidado com o centro não apenas compromete a formação de atletas, mas fere o direito constitucional ao esporte e representa desperdício de dinheiro público.

“Campinas não pode continuar fechando os olhos para esse absurdo. O esporte transforma vidas, e o poder público precisa honrar seus compromissos”, concluiu Novo.