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Uma Iniciativa de Adriano Novo

ZÉ CARLOS RENUNCIA APÓS PROTOCOLO DE CP POR ADRIANO NOVO



O vereador Zé Carlos (PSB) renunciou ao mandato na tarde desta segunda-feira (30/06), horas antes da leitura em plenário de dois pedidos de abertura de Comissão Processante (CP) que poderiam resultar em sua cassação. Um dos pedidos foi protocolado por Adriano Novo, ex-filiado ao Partido Novo, que levou à Câmara a indignação popular diante do acordo firmado entre o parlamentar e o Ministério Público de São Paulo, no qual Zé Carlos confessou o crime de corrupção passiva.

“Se você para de pagar pensão alimentícia, é preso. Se faz piada, é preso. Mas se pede propina para manter contrato com o poder público, paga multa e fica impune? Isso não é justo”, declarou Adriano, que também tem atuado politicamente na cidade. O outro pedido foi feito pelo advogado Lucas Trevizan.

A pressão dos pedidos — especialmente o de Adriano, que articulava apoio para aprovação em plenário — criou um ambiente político insustentável, forçando o parlamentar a apresentar sua carta de renúncia às 17h, pouco antes da sessão ordinária.

Zé Carlos encerra, assim, um ciclo de seis mandatos consecutivos desde 2004, deixando o cargo após duas décadas de atuação. Em sua carta, lida pelo 1º secretário Guilherme Teixeira (PL), alegou estar com a “consciência tranquila” e destacou “contas aprovadas pelo TCE”. Ele se despediu com a frase: “Não é um adeus, é um até breve”.

Apesar do tom de despedida, a oposição lamentou a renúncia, alegando que a Câmara perdeu a chance de “passar a história a limpo”. “Perdemos uma grande oportunidade. Na CPI de 2023 já estavam claros os indícios contra ele. A renúncia evita a cassação, mas não limpa o que aconteceu”, criticou Guida Calixto (PT).

Parlamentares da base, como Nick Schneider (PL), evitaram apontar culpados diretamente, mas reconheceram que "a justiça foi feita". Já o líder do PSB na Câmara, Carlinhos Camelô, revelou que os vereadores da legenda votariam a favor da CP caso Zé Carlos não tivesse saído por vontade própria. “Evita um desgaste político ainda maior”, afirmou.

O clima nos bastidores da Câmara foi descrito como tenso, com a ausência de Zé Carlos nas sessões desde a quarta-feira anterior. A renúncia é a terceira da história da Câmara de Campinas para evitar cassação.

Com a saída oficializada, o suplente Ailton da Farmácia (PSB) assumirá a vaga nos próximos dias. Em nota, ele afirmou que seu mandato terá como foco principal a melhoria dos serviços de saúde da cidade.

A iniciativa de Adriano Novo, ao protocolar o requerimento de CP, deu início a uma série de movimentos políticos que culminaram na saída do vereador investigado. “Não podemos normalizar a corrupção. Quem desonra o mandato deve prestar contas à Justiça e à população. O povo de Campinas merece respeito”, reforçou Adriano.



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Adriano Novo, Vila Padre Anchieta, Campinas

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